"Nunca deixo de ter em mente que o simples fato de existir já é divertido."


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Linfoma não-hodgkin

Você sabe o que é doença de não-hodgkin?
É um tipo de câncer sanguíneo que altera a ação dos linfócitos comprometidos, eles podem se subdividir de maneira anormal ou muito rápida, ou então não morrem da maneira como deveriam. Os linfócitos anormais freqüentemente se acumulam nos linfonodos, que com isso se tornam inchados e podem aparecer em diversas parte do corpo.

Bom, agora vou explicar porque deste post, hoje navegando pela internet para me manter atualizada sobre os acontecimentos do Brasil, li que Glória Perez teve que fazer uma cirurgia urgente para retirar tireoide, e o resultado da biópsia apareceu um linfoma e agora terá que submeter a uma sessão de quimioterapia. Tudo isso me fez recordar do longo período de tratamento que tive que fazer por causa do linfoma não-hodgkin em 2002, mas ao contrário de Glória o linfoma que tive era de crescimento agressivo e considerado um estado delicado. Fiz 18 sessões de quimioterapia com espaço de 21 dias entre cada uma. Cada sessão era duas vezes que ia ao hospital e ficava de 6 a 8 horas tomando soro e medicamentos.

Confesso que foi nada fácil, passei momento díficies, dias complicados, meses que não tinham fim... Foi uma ano assim, perdi meus cabelos e pêlos no primeiro mês de tratamento, tinha uma dor abdominal insuportável, partes das veias e artérias foram queimadas com a medicação. Já não tinha vontade de fazer nada, não gostava de receber visitas principalmente masculina, me sentia feia, não tinha estimulos e prazer de fazer absolutamente nada.

A causa do linfoma não-Hodgkin é desconhecida. Existem alguns fatores de risco conhecidos, mas, mesmo assim, esses fatores são responsáveis por uma proporção muito pequena do número total de casos desse linfoma. Na maioria dos pacientes, não se consegue encontrar uma causa para a doença. Além disso, a maioria das pessoas expostas a um dos fatores de risco conhecidos não desenvolve o linfoma não-Hodgkin.

Três dos fatores de risco mais importantes são:

  • Alguns tipos de infecção;
  • Doenças e medicamentos que provocam o enfraquecimento do sistema imune (imunossupressão);
  • Estresse e ansiedade.

Sintomas

  • Aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha;
  • Sudorese noturna excessiva;
  • Febre;
  • Prurido (coceira na pele);
  • Perda de peso inexplicada.

O mais importante antes e durante o tratamento é manter os pensamentos positivos, acreditar na cura, acreditar em Deus, nos médicos e no tratamento. O estado psicológico e o apoio da família e amigos conta muito para a evolução dos resultados.


Não há nenhuma maneira conhecida de se prevenir o Linfoma Não-Hodgkin, assim como em outras formas de câncer. Dietas ricas em verduras e frutas podem ter efeito protetor contra o desenvolvimento de Linfomas Não-Hodgkin.

É importante estarmos sempre atentas ao nosso corpo e qualquer mudança ou anormalidade procurar um médico! E se acaso se deparar com algum tipo de enfermidade não se deprima. Acredite na cura!


[ ]s
Eliana Guedes

Um comentário:

  1. Que bom, Eliana, que existem pessoas como você para explicar um assunto tão delicado, desconhecido até mesmo por médicos.

    Se fesperássemos informação, diganóstico e tratamento do governo e do sistema público de saúde já teríamos perdido muitos queridos.

    Dizem que o tratamento do SUS é excelente e completo, mas não tem capacidade de atender nem a 1/3 dos doentes. Alguns de seus hospitais se tornaram especialistas, já outros desconhecem até mesmo o que é um linfoma. E mais, faltam recursos modernos: a lista de remédios não é atualizada há mais de 10 anos. Ou seja, os principais tratamentos e que garantem uma melhor qualidade de vida e até a pausa nas quimios, como rituximabe, não estão nas listas do SUS.

    Enquanto o povo aceitar o que o SUS tem a oferecer, ele vai continuar homicida, levando a vida para pouquíssimos.

    Um abraço,
    JLineu

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